Diante de um cenário mundial de desperdícios, tornar uma rotina mais sustentável e preocupada com o meio ambiente pode ser um desafio. Para isso, é necessário repensar e reinventar os próprios hábitos, inclusive aqueles mais simples. Um deles é o modo como nos vestimos e consumimos roupas: já parou para pensar no lixo que é gerado para a produção de uma das suas blusas? Ou na água que é gasta durante esse processo? Essas e outras perguntas começaram a ser feitas e influenciaram o Slow Fashion, uma alternativa ao que ficou conhecido como Fast Fashion. Quer entender qual é a diferença e como praticar uma moda mais consciente? Continue lendo esse artigo do Dicas OLX.

Afinal, o que é Fast Fashion? Traduzindo para o português livre, o conceito de "moda rápida" é um sistema de produção que prioriza a fabricação em massa de produtos de vestuários e a distribuição globalizada de "peças da coleção" por um preço baixo. Nesse ciclo industrializado, o apelo visual e o desejo pelo novo são usados como meios de atrair a atenção do consumidor para o consumo desenfreado e inconsciente.
Sendo assim, fast fashion e sustentabilidade não são conceitos que caminham juntos. Isso acontece porque, para produzir peças em larga escala, as empresas abrem mão da qualidade e do prazo de duração das peças. A produção rápida resulta em litros de petróleos usados com tecidos sintéticos de qualidade considerada duvidosa, que são descartados rapidamente sem reciclagem apropriada. Ou seja: ciclo de vida do produto prejudicado, maiores impactos ambientais e utilização de materiais poluentes.
O que é Slow Fashion?
E Slow Fashion, o que é? Pensada como uma alternativa ao consumo em massa, o Slow Fashion é um jeito mais sustentável de fazer moda. O conceito foi idealizado pela escritora de moda Angela Murrills, e abrange toda a cadeia de produção, distribuição e descarte de vestuários a partir de um olhar socioambiental de redução do impactos.
A prática da "moda lenta" (em tradução livre para o português) promove essa consciência socioambiental através do uso de fibras naturais e reutilizáveis na produção, do estímulo aos pequenos/médios fabricantes e da economia circular, onde o direcionamento final da roupa que não te serve mais pode ser o desapego ou até a reciclagem, ao invés do lixo. Além de pensar no meio ambiente, as pessoas que praticam o Slow Fashion também dão mais valor À confecção manual e À s trocas humanas envolvidas nesse processo - tudo a ver com a OLX.
Dicas de como praticar o Slow Fashion Compre desapegos
Além de ser muito melhor para o meio ambiente, comprar roupas usadas pode ser uma prática que oferece possibilidades que o Fast Fashion não consegue. Aquelas peças consideradas vintage (mais conhecidas como "as tendências da época da sua avó que voltaram com tudo") são um ótimo exemplo. Aliás, esse é um dos grandes benefícios desse tipo de roupa antiga: durabilidade e qualidade inquestionáveis, pois eram modelos "feitos para durar".
Ah! E a Slow moda é uma corrente que a OLX abraça e até dedica uma área especial para a venda e compra de roupas usadas, ou seja, um brechó online na OLX. Nesse bazar você encontra roupas, calçados e acessórios - usados ou novos - para todos os gostos e bolsos. Assim fica até mais fácil praticar o Slow Fashion através de lojas online.

"Remendar" as roupas, calçados e acessórios é uma prática muito estimulada pelo Slow Fashion, já que permite "reciclar" as roupas que deixam de ser usadas por pequenos defeitos. Reformar peças usadas, rasgadas ou que já não te cabem é uma maneira de praticar o upcycling: uma reciclagem sustentável que prolonga a vida útil do produto. Um dos benefícios é que você pode recuperar o formato original da peça ou dar novo significado À ela, basta usar sua criatividade!
Escolha produções locais
Conhecer as pessoas próximas da sua casa ou trabalho que atuam no mercado da moda sustentável é uma maneira de fortalecer esse movimento. Quando o consumidor se aproxima do produtor e faz uma visita À loja ou local onde são produzidos os produtos, é criado um estreitamento de vínculo. Isso aumenta a responsabilidade do produtorââ com a qualidade, e do consumidor quanto À sua comunidade. O mesmo vale para costureiras ou costureiros da sua região. Essa forma de interação pode resultar em oficinas que acabam gerando a fidelidade entre o cliente e a marca ou costureira. A boa notícia é que para priorizar essas trocas, você não precisa deixar de usar o meio virtual: com a OLX essa troca se mantém ao procurar por modelos perto de você.
Prefira roupas com fibras naturaisEvitar as marcas poluentes do Fast Fashion é outra dica importante para o consumo sustentável. Para isso, basta ficar atento À s etiquetas que contenham:
- Algodão, que utiliza pesticidas e muita água no cultivo
- Poliéster, náilon e acrílico, que são sintéticos geralmente produzidos a partir do petróleo
- Materiais derivados de animais, como lã, couro e pele, que liberam gases responsável pelo efeito estufa durante a produção
Além das consequências durante a produção, o descarte inapropriado desses poluentes resultam em corantes têxteis sintéticos presentes em grande escala nos oceanos e aterros sanitários. Em contra partida, recomendamos os tecidos reciclados ou fibras menos prejudiciais para o meio ambiente com tingimentos 100% naturais, tais como: a celulose artificial e fibras obtidas a partir de plantas, como o cânhamo e o linho.
Descarte tecidos na reciclagem
O processo de reciclagem de tecidos é bem trabalhoso e existem poucas iniciativas nesse caminho. A decomposição dos resíduos têxteis pode levar meses ou até mesmo centenas de anos se descartados de forma incorreta, como em aterros. As consequências de jogar suas roupas no lixo comum envolvem a contaminação do solo, dos lençóis freáticos, e do ar com a liberação de gases de efeito estufa. Uma dica para descartar de forma correta seu tecido é entrar em contato com a fabricante para saber se é possível devolvê-lo para reuso ou reciclagem da peça, ou até mesmo encaminhar para um centro de reciclagem específico para tecidos.
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